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UDEMO | 24/01/20 | Atualizado em 27/01/20 17:31


Mérito – 2

“Saúde, sabedoria, esperança e luta”!

Colegas,

Definitivamente, com esse pessoal no comando da SE, não dá! Com esses salários e essas condições de trabalho, também não!

Os ‘comandantes’ da SE declaram, o tempo todo e a todo vapor, que essa administração vai valorizar o mérito, a competência. Até mesmo para uma simples substituição, o Diretor, como exemplo, terá de passar por uma “seleção por competências”, um “rígido critério de avaliação”. A questão é “e quem avalia o avaliador”?

Se os ‘comandantes’ da SE tivessem de se submeter a um “rígido critério de avaliação”, a uma “seleção por competências”, aqui em São Paulo, seriam eles aprovados? Se fossem levados em conta o processo de inscrição e o de atribuição de classes/aulas dos professores, para 2020, bastariam apenas esses dois procedimentos, básicos, corriqueiros, para que os ‘comandantes’ fossem reprovados. O que deveria estar resolvido em outubro de 2019 ainda não o está, em janeiro de 2020. Começou lá atrás, em setembro, quando tentaram passar duas portarias manifestamente ilegais, para favorecer projetos da SE, em detrimento de direitos dos professores. Na época, a própria SE reconhecia a falta de 8.000 professores na rede. Com a criação e a imposição de mais componentes curriculares (“eletivas”, projetos de vida e TI), eles foram alertados de que haveria falta de mais professores, o que inviabilizaria o projeto. Com esse alerta, os ‘comandantes’ tiveram uma ideia ‘fantástica’: obrigaram todos os professores da rede a se inscrever para os componentes do projeto Inova Educação, sem a obrigação de posteriormente assumirem essas aulas. E divulgaram o resultado: “milhares de professores se inscreveram, portanto, o interesse pelo projeto foi muito grande”. O que começou com uma farsa, terminou em tragédia. Agora, na atribuição de classes/aulas, a SE tentou forçar os professores a assumirem as aulas do projeto (Inova Educação), inclusive alterando suas jornadas de trabalho e o esquema das ATPC. E já anunciaram que as horas de planejamento, na semana seguinte,  iriam exceder a jornada e a carga horária dos docentes. Dois erros grosseiros e duas medidas insensatas e autoritárias! Como aqui é São Paulo – e não a Sucupira do Dias Gomes – tiveram de recuar, rapidinho. Resultado: vai começar tudo de novo: atribuição e planejamento. E já estamos no final de janeiro! Depois de tanto desgaste, de tanta confusão na rede, comprometendo gestores e supervisores, deixando milhares de professores na mais absoluta insegurança e insatisfação, todo o procedimento foi anulado, nada valeu! Com relação aos professores Categoria O, não conseguiram sequer fazer as inscrições e classificações! Repetimos: final de janeiro!

O curioso é que a SE anunciou, há pouco tempo, que a atribuição, dessa vez, iria inovar. Todas as planilhas haviam sido elaboradas; todas as simulações foram feitas; um esquema de ‘tira-dúvidas’ foi implantado; os treinamentos abrangeram todos os profissionais envolvidos com o processo de inscrição e atribuição de classes/aulas. Tudo foi feito com base em planilhas, como exige a moderna administração científica! Esqueceram-se de um pequeno detalhe: lá na ponta, nas escolas, não estão apenas números e planilhas, mas sim pessoas, professores com jornadas e disponibilidades diferentes. Cada escola é uma realidade! E aí, no enfrentamento das planilhas com a realidade, as planilhas perderam. Mais uma vez, os ‘comandantes’ da SE tiveram de ‘bater em retirada’. Agora, vão tentar encontrar culpados para mais esse fracasso no enorme estoque de siglas posto à disposição na SE.

Na verdade, os ‘comandantes’ da SE achavam que os professores, gestores e seus sindicatos iriam engolir essa farsa, facilitando as coisas para o governo, endossando propostas demagógicas e marqueteiras, em detrimento de direitos dos professores e interesses dos alunos das escolas públicas. Não deu certo, mais uma vez!

Portanto, fica a pergunta: quem avalia os avaliadores ? É esse pessoal aí que vai avaliar docentes e gestores da rede pública ? Esse pessoal seria aprovado numa “seleção por competências”? Baseada no que vêm fazendo, com certeza, não !

Só para lembrar: e a limpeza das escolas, como anda ? Há escolas que não têm as mínimas condições de higiene para iniciar o ano letivo!

A SE, ou SEDUC, seja qual for a sigla – não faz a menor diferença! – é hoje uma ‘nau sem rumo’. A ‘nau dos insensatos’. Quem paga a conta desses descalabros são os educadores, a comunidade, os alunos e pais de alunos das escolas da rede pública estadual.

 


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