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UDEMO |1/06/17 12:03 | Atualizado em 1/06/17 12:09


Matéria publicada no Portal IG Educação - 22/05/2017 - São Paulo, SP

Escola de Piracicaba promove troca de cartas entre alunos e crianças angolanas

Há um oceano separando as crianças de Piracicaba, no interior de São Paulo, e os jovens estudantes de Luanda, na Angola. A distância entre os dois grupos, no entanto, pôde ser encurtada por meio de um projeto inovador que aproveita um aspecto comum entre as crianças brasileiras e angolanas: o estudo da língua portuguesa.

Desde o início deste ano, alunos com idades entre 10 e 11 anos matriculados na Escola Estadual Doutor Samuel de Castro, em Piracicaba, trocam correspondências com crianças da Ilha de Mussulo, que integra Luanda, na Angola. A ideia de unir estudantes de dois continentes a partir da língua portuguesa faz parte de um projeto de mestrado sobre as relações entre os dois países e levado à escola pela professora Lidia Bilia Camargo.

Para dar início à experiência, os alunos foram incentivados a contar aos novos amigos angolanos sobre a rotina que eles vivenciam aqui no Brasil, como o dia a dia na escola, a relação com a família e sua cidade. Os primeiros textos já atravessaram o oceano e chegaram por lá em março, tendo sido levados pessoalmente pela mestranda Maria Isabel Baptista Barbosa de Oliveira, que nasceu em Angola e mora no Brasil desde os quatro anos de idade.

Diferenças no idioma

“Alguns deles já tinham escrito cartas para familiares que moram em outros lugares, mas poucos deles. Grande parte dos alunos nunca tinham recebido ou feito uma carta. A atividade incentivou nos estudantes o gosto pela escrita e percebemos que eles estão mais atentos às aulas”, conta Lidia em entrevista à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

As cartas já foram respondidas e agora os estudantes de Piracicaba preparam uma outra leva de redações. Nesse curto tempo, os dois grupos já aprenderam com as diferenças e também as semelhanças da língua portuguesa falada em cada lugar. A atividade ajudou os estudantes a conhecerem mais sobre o gênero, que faz parte do currículo oficial de São Paulo.


 

 

 
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