Leituras

 

 

UDEMO |31/05/2017 15:07 | Atualizado em 31/05/17 15:07


Matéria publicada na Revista Época – 10/04/2017 – SP

O que ajuda a ser um bom aluno?

JAIRO BOUER

Você sabe o que pode fazer seu filho ir bem na escola? Motivação, capacidade de se concentrar, assiduidade, bom comportamento em sala de aula e compromisso em estudar para provas e realizar as tarefas de casa são algumas das chaves para as notas altas no final de cada bimestre. Trabalhos científicos recentes apontam outras questões que afetam a vida escolar dos jovens.

O primeiro deles, da Universidade Concordia em Montreal, Canadá, sugere que jovens que começam a fumar maconha antes dos 15 anos podem sofrer um impacto permanente em sua capacidade cognitiva. Em contrapartida, aqueles que experimentam a droga só com 21 anos raramente enfrentam algum problema. Os pesquisadores afirmam que o contato precoce com a droga provoca perda de memória, redução do Q.I. (quociente de inteligência), piora no desempenho escolar e maior chance de doenças mentais.

Há um mês, um estudo americano também encontrou relações significativas entre uso mais pesado de maconha e pior desempenho escolar, com notas mais baixas. Na iminência da legalização da maconha no Canadá (marcada para 1º de julho de 2018), os cientistas defendem que a restrição para menores de 18 anos, além de um controle rigoroso dos impactos na saúde, é medida urgente a ser adotada.

O segundo estudo, realizado pela London School of Economics, no Reino Unido, acompanhou 1.169 crianças que nasceram em casas de mães solteiras, que em seguida se uniram a um homem. Os resultados sugerem que, quando o pai biológico passa a viver com os filhos, a criança tem saúde, inteligência, habilidades sociais e desempenho na escola melhores. Quando a mãe segue sozinha ou passa a morar com um padrasto, não há esse impacto positivo. As crianças foram avaliadas ao completar 7 anos de idade.

Para terminar, um estudo norueguês da Uni Research, em Bergen, aponta que mães “veganas” (que não comem carne, leite e ovos) podem ter uma deficiência de vitamina B12. Isso, além de aumentar a chance de partos prematuros, pode interferir no desenvolvimento neurológico das crianças, fazendo com que elas tenham maior dificuldade cognitiva na infância. Foram avaliadas mais de 500 crianças no Nepal, e os resultados publicados no periódico American Journal of Clinical Nutrition.

Em resumo, as pesquisas mais atuais reforçam que questões tão distintas como nutrição adequada, pais próximos e contato adiado com as drogas colaboram para o desenvolvimento cognitivo e para a vida escolar dos jovens.

 

 

 


 

 

 
Filie-se à Udemo